Resveratrol do Vinho Tinto Faz Bem? | Natugood Saúde Baseada em Evidências


Bonum vinum laetificat cor hominis – “O bom vinho alegra o coração”: desde o tempo dos romanos existe a ideia de que o vinho faz bem pra saúde. E você provavelmente já ouviu dizer que o vinho ajuda a evitar o envelhecimento, protege o coração, faz bem pros rins e até pode curar cancer e Alzheimer. Será mesmo?

Eu sou Seiiti Arata, e você está assistindo à série Saúde Baseada em Evidências no nosso canal natugood, onde nós examinamos tudo com rigor científico e racionalidade.

Pra nós entendermos se o vinho tinto é bom pra saúde, temos duas considerações iniciais.

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Anedotas

A primeira coisa que nós temos que entender é que desde a época dos romanos, muitos dos efeitos relatados pelos apreciadores do vinho… provavelmente são atribuíveis ao álcool. A pessoa que bebe uma taça pequena de vinho tinto e diz que está mais soltinha, que o coração ficou feliz, e consegue interagir melhor num evento social, fica menos estressada, relaxa e pega no sono com mais facilidade … um pessoa dessas está nos relatando efeitos do consumo moderado de álcool. Isso não é nenhuma novidade.

Epidemiologia

A segunda coisa que precisa ser dita é que existem muitos mitos que circulam por aí sobre os benefícios de “uma taça de vinho por dia”. Essas ideias não possuem origem em estudos científicos clínicos controlados. São ideias com origem na epidemiologia. A epidemiologia é a ciência que estuda padrões e relações de causa e efeito de aspectos de saúde e patologia dentro de uma população.

POR EXEMPLO, a epidemiologia pode observar que os franceses possuem uma relativa baixa incidência de problemas cardíacos. A epidemiologia pode levantar números e também observar que os franceses consomem bastante vinho tinto. Opa: baixa quantidade de ataque cardíaco e alto consumo de vinho.

Perfeito, são duas observações mensuráveis (veja que eu estou pressupondo que a metodologia de coleta dos dados foi adequada, e só isso dá pra montar um outro vídeo). Será que eu já posso traçar um gráfico para comprovar esta teoria de que a relação entre consumo de vinho e falecimento por problema cardíaco é inversamente proporcional?

Isso seria uma ingenuidade porque a vida não se resume tão somente em bebedores ou não de vinho e falecimentos ou não por ataque cardíaco. As situações são complexas, multifatoriais: e quando eu coloco outros fatores no meio da análise, eu começo a questionar a validade da primeira hipótese: E se eu observo que os franceses fumam muito. E daí eles morrem por câncer antes de ter a chance de desenvolver um problema cardíaco? E se eu observo que a fatia da população que bebe vinho vem de uma classe social mais educada e com mais recursos financeiros e portanto tem acesso a melhores médicos e tem mais cuidados com a medicina preventiva e valoriza mais os exercícios físicos?

A epidemiologia, quando bem realizada, pode trazer luz pro nosso conhecimento. Mas ela também pode ser usada como argumento pra justificar todo tipo de mentira pra um público que não desenvolveu capacidade de raciocínio crítico em temas científicos. Eu até convido você pra visitar o site Spurious Correlations e você vai ver associações absurdas (verdadeiras e com um toque de humor), como por exemplo a diminuição de divórcio acontecer quando acontece uma diminuição no consumo de margarina. Ou a idade média da Miss America e a quantidade de assassinatos por sufocamento em vapor.

Veja aqui a limitação dos estudos epidemiológicos (principalmente aqueles mal feitos): é muito difícil isolar os diferentes fatores quando nós observamos uma certa população. Obviamente existem também os bons estudos epidemiológicos que tem grande utilidade, mas no nosso caso é uma santa inocência achar que o vinho faz bem porque o francês bebe vinho e tem menos mortes por ataques cardíacos.

Uma coisa que você já me ouviu repetir várias vezes no natugood é que associação não implica causação. Observar uma associação não permite deduzir uma relação de causa e efeito.

Muito bem, então nós estamos deixando de lado as sensações subjetivas causadas pelo consumo do álcool e também não vamos usar conclusões meia boca da epidemiologia mal feita porque nós queremos uma evidência científica mais sólida. É isso o que nós fazemos no natugood: no natugood, nós fazemos escolhas inteligentes e racionais a partir de informações de qualidade. Feita essa introdução com o mínimo que a gente precisava pra começar, agora sim nós podemos estudar esta questão com racionalidade.

Iniciando nossa análise sobre as vantagens do vinho tinto para a saúde

Por que “vinho tinto” e não o vinho branco é que aparece como o queridinho da saúde? A resposta está relacionada à descoberta do RESVERATROL, um componente que é concentrado na pele da uva e em outras frutinhas silvestres incluindo o nosso açaí. O vinho branco é feito com o suco da uva sem a casca e portanto tem uma quantidade muito menor de resveratrol.

Desde a descoberta do resveratrol, alguns estudos (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista) foram publicados atribuindo o resveratrol a uma maior longevidade.

Utilize todas as fontes listadas para membros natugood pra você ler e formar sua própria opinião. É que a maior parte das pessoas lendo um jornal ou aquela revista famosa simplesmente se dá por satisfeita aqui. Ahhhhh, tem resveratrol e por isso é que faz bem! Então enche aqui o copo! Ou, melhor, me diz onde eu compro suplemento! Calma, calma, vamos entender primeiro quais são as vias metabólicas envolvidas, vamos entender de onde é que surgiu a ideia de que esse resveratrol ajuda na longevidade. Não é pensar “ah, apareceu no jornal, tem um nome complicado, tão falando que faz bem, vamo comprá!”. Isso não é saúde baseada em evidência. Vamos examinar o contexto.

Restrição de calorias para longevidade

Tudo começa com um conceito básico e antigo pra conseguir longevidade: restrição de calorias. Em muitos organismos que passam por uma restrição calórica, acontece curiosamente uma maior longevidade (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista). É só deixar o animal passando fome e ele tem a tendência de viver mais tempo. Inclusive aqui pra nós, seres humanos existe a Caloric Restriction Society, que tem como missão ajudar as pessoas a viver com saúde por mais tempo ao consumir menos calorias. (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista)

Como é que esse processo de restrição calórica funciona pra prolongar a vida? Uma hipótese apresentada por Leonard Guarente, professor de biologia do MIT, é que a restrição calórica ativa as sirtuinas (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista), que são proteínas que em teoria regulam várias funções vitais e portanto contribuem para a longa vida.

David Sinclair, professor de genética da Harvard, diz que podemos duplicar ou até triplicar a expectativa de vida de um organismo como uma levedura ou um verme através das sirtuinas. (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista)

Ele conta que as sirtuinas foram identificadas em estudos com leveduras. Sabe aquelas leveduras que são usadas pra fazer cerveja, fazer pão? Elas são criaturas vivas, com uma expectativa de vida, vida essa que pode ser estendida com a ativação de sirtuinas. Como é que isso acontece? Bem, ele disse numa palestra do TEDMed que não é necessário entender os detalhes do processo de envelhecimento: basta ativar as sirtuinas e deixar que elas trabalhem. Deu certo pras leveduras. E uma das formas de ativar as sirtuinas é através do consumo de resveratrol que simula o efeito de restrição calórica. Esta afirmação foi publicada no ano de 2003 no periódico Nature e teve milhares de citações, ou seja, deu o que falar. (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista)

Aliás, em 2008 a GlaxoSmithKline comprou a Sitris, a empresa do David Sinclair por 720 milhões de dólares por causa dessa promissora linha de pesquisa das sirtuinas.

Raciocínio crítico

Mas vamos deixar o dinheiro de lado e voltar ao raciocínio básico. Resumo da história: O vinho é feito com uvas. FATO. A casca da uva tem resveratrol: FATO. O resveratrol ativa as sirtuinas (HIPÓTESE). E por sua vez as sirtuinas contribuem em diferentes vias biológicas que ajudam seres humanos a viver mais (HIPÓTESE).

Agora, com este tipo de explicação, você já se convenceu que o vinho faz bem pra saúde? Vai depender das hipóteses serem corretas.

Lembre: 2008 foi o ano que foi anunciada a compra da empresa do David Sinclair que pesquisava as sirtuinas, resveratrol e longevidade. Em 2008 nós também tivemos a publicação de estudos realizados em animais alegando que em algumas condições os cientistas conseguiram prolongar a vida de camundongos (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista) e a comunidade interessada em longevidade e saúde ficou muito feliz e cheia de esperanças, com muitos artigos sendo publicados na mídia de massa sobre o poder do vinho tinto. E provavelmente os mitos que nós temos na nossa cabeça são dessa época. 2008.

A ciência continua progredindo…

MAS infelizmente, os anos 2012 (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista) não foram anos cor-de-rosa para as hipóteses do resveratrol. Novos estudos foram publicados mostrando que estes efeitos de longevidade não são aplicáveis aos seres humanos.

2013 foi o ano em que a GlaxoSmithKline fechou a Sitris, apesar de ter alegado que a compra foi um sucesso e que eles estavam apenas integrando as operações e vão continuar os trabalhos normalmente (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista). Apesar desse tipo de operação societária de fechar uma pessoa jurídica e integrar operações ser uma prática absolutamente normal… aqui na comunidade científica existe muita especulação sobre a verdade atrás do fechamento da Sitris.

Fidelidade de dados científicos

Deixando essa fofoca científica de lado… e indo pra outro fuxico científico, um dos maiores escândalos acadêmicos de 2012 foi quando aconteceram investigações sobre a seriedade e independência científica de estudos liderados pelo professor Dipak Das da Universidade de Connecticut, conhecido pelo seu trabalho defendendo o poder do resveratrol do vinho tinto pra boa saúde. A administração da Universidade de Connecticut passou um vexame global e teve que publicar uma série de cartas, tanto pro público geral como também pra diferentes periódicos científicos, reconhecendo que esse professor foi investigado e culpado por manipular e inventar dados. E essas mentiras divulgadas pelo professor Dipak Das não aconteceram apenas em uma ou duas vezes, mas em CENTO E QUARENTA E CINCO ocasiões diferentes. (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista)

Por uma questão de ética e profissionalismo, a Universidade de Connecticut decidiu congelar todo o dinheiro recebido pelo professor Dipak Das e rejeitar 890 milhões de dólares de financiamento que ele estava pra receber. Ou seja, a história é bem sinistra e os links de tudo isso seguem na descrição.

Futuro das pesquisas sobre o resveratrol

Apesar desse todo esse papelão, é importante notar que como tudo na ciência, é fundamental saber o que nós sabemos e também ter a humildade de reconhecer aquilo que nós ainda não sabemos. E as pesquisas sobre o resveratrol continuam.

Em 2013 um grupo de pesquisadores (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista) investigou o efeito de diferentes doses de resveratrol na expectativa de vida de moscas e descobriu que dependendo do sexo da mosca, dependendo da composição de macronutrientes da dieta da mosca e da dose de resveratrol, é possível encontrar aí uma combinação bem específica de fatores pra ter uma vida prolongada… nas moscas. Se você for uma mosca e estiver assistindo aqui a série Saúde Baseada em Evidências, do natugood, aí está uma excelente notícia pra você 🙂

Um detalhe sobre metodologia científica e engenharia genética

E aqui vai mais um argumento pra levar em conta. Pra fazer as pesquisas, os cientistas precisaram desenvolver as variedades transgênicas dos espécimes. Eles queriam produzir espécimes que continham os genes que expressavam maiores quantidades de sirtuinas. E qualquer pessoa que já assistiu a um filme de horror e ficção científica sabe que nesse processo de brincar de engenharia genética podem acontecer efeitos inesperados. A engenharia genética tem limites, não dá pra pegar uma pinça e adicionar um gene no DNA de uma criatura. O processo é bem complexo e sujeito a ineficiências. Essa ineficiência significa que podem acontecer outros tipos de mutações inesperadas no processo.

Ou seja, nos estudos realizados, as variedades transgênicas tinham outras surpresinhas ocultas além da quantidade alta de sirtuinas. E o grupo de controle também pode passar por certas mudanças independentes. Pra evitar um engano na interpretação do resultado da engenharia genética, é recomendável realizar um backcrossing, um processo em que as variedades transgênicas são cruzadas com os espécimes selvagens/originais pra que essas outras mudanças de fundo também sejam transmitidas ao controle. E, então, finalmente depois de umas cinco gerações de cruzamentos, daí sim separar o resultado entre grupos com o que se deseja examinar (no caso a sirtuina ativada ou não) e ver o que acontece.

E adivinha só: quando os pesquisadores realizaram o tal do backcrossing, eles publicaram um novo estudo reconhecendo que as mudanças de fundo podem ter interferido nas suas conclusões anteriores (7). A hipótese da sirtuina ter relação direta com o envelhecimento tomou um belo de um murro na cara. A Linda Patridge e o David Gems, que trabalham no University College London, publicaram na Nature um esporro geral dizendo que estudo de envelhecimento precisa de mais rigor científico e não pode ser contaminado por erros básicos de metodologia como este. (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista)

Implicações práticas

Onde estamos hoje em 2015? O resveratrol do vinho faz bem? Não sabemos. Não existem provas de qualidade em estudos prospectivos randomizados que repetidamente demonstram benefícios do resveratrol. A evidência científica em estudos realizados com seres humanos ainda não comprovou que o resveratrol prolonga a vida.

Existem sim alguns estudos isolados. Por exemplo um estudo porém que menciona que ele traz benefícios a diferentes aspectos de saúde, inibindo sinais de envelhecimento (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista). E pra quem está acima do peso ou tem problemas com insulina, existem alguns estudos que apontam um efeito positivo do consumo de resveratrol na sensibilidade à insulina. (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista)

Importante fazer dois esclarecimentos: primeiro, que o vinho contém calorias desnecessárias vindas do álcool e somente isso pode anular o possível benefício do resveratrol. Além disso, os resultados do resveratrol na sensibilidade de insulina são de pequena magnitude e provavelmente se você deseja emagrecer existem outras coisas mais importantes que você deve fazer antes de sair bebendo vinho. No natugood.com nós temos informações pra emagrecimento saudável, se for do seu interesse.

Além de tudo, eu não preciso ser pai de ninguém pra lembrar que o excesso no consumo de qualquer bebida alcóolica pode trazer uma série de problemas, como alcoolismo, problemas de fígado, problemas sociais e profissionais e até colocar a vida de outras pessoas em risco no trânsito.

Suco de uva tem resveratrol? Faz bem?

Na minha página do Facebook, muitos de vocês me perguntaram sobre o suco de uva: será que ele não teria as mesmas vantagens do vinho e sem o álcool? Primeiro, lembre-se de tudo o que falamos sobre o enfraquecimento das hipóteses de que o resveratrol traz qualquer vantagem pros seres humanos. Mesmo se você quer acreditar que existe sim uma vantagem do resveratrol (ou de outros componentes) que a ciência pode descobrir no futuro, repare que a quantidade de resveratrol do suco de uva é menor do que a do vinho já que o suco de uva não é fermentado e é na fermentação com a casca de uva que o vinho tinto concentra o resveratrol. Além disso, pros indivíduos que desejam emagrecer ou controlar problemas de saúde associados a um alto nível de consumo de glicose, o suco de uva é infelizmente uma péssima escolha por causa da quantidade de açúcar natural das uvas. Mesmo sendo açúcar vindo da mãe natureza, continua sendo glicose e frutose e que vai elevar os nossos níveis de insulina – você pode verificar dois vídeos a respeito, que são

e

E os suplementos de resveratrol?

Muita cautela com os suplementos, pois eles são regulados por uma legislação meio nebulosa e existe muita pseudociência, muita ciência meia boca e grandes interesses comerciais por trás. Regra geral pra suplementação: estude bastante antes de sair pagando pra você ter um xixi vitaminado. Pra qualquer suplemento, o grande problema é que o consumo daquele nutriente em sua forma natural pode ser recebido no corpo de forma beeeem diferente de uma cápsula com o elemento isolado.

Ou seja: uma coisa é eu chupar uma uva e engolir a casca. Outra coisa muito diferente é engolir uma cápsula de resveratrol.

Além disso, temos também que entender se a dose é adequada, se ela é devidamente absorvida ou se causa males. A pesquisa hoje ainda é muito preliminar pra afirmarmos que o suplemento é uma boa ideia. Se você estuda o que acontece no consumo de muitos minerais, vitaminas e nutrientes, você vai perceber que não é bom nem ter pouco nem ter muito. Pegue o ferro por exemplo: a deficiência de ferro causa anemia que afeta mais de dois bilhões de pessoas ao redor do mundo (OBS: você não faz parte da nossa lista. Para acesso completo e também às referências, se cadastre em nossa lista)

Voltando ao vinho e resveratrol: será que esse é o fim da história?

Ainda não. Seria muita arrogância dizermos que já sabemos tudo o que tem pra saber. As pesquisas continuam. Dizem que o pior cego é aquele que não quer ver. E eu gosto também de lembrar o outro lado: o pior cego é aquele que QUER ver, quer ver algo que não existe. Olha, eu adoraria fazer um vídeo aqui falando “pessoal, tenho uma novidade bombástica!” – sabe aquelas manchetes apelativas tipo “você vai se surpreender com essa descoberta”?

Pois é: não tem nada de bombástico aqui infelizmente. Não tem pílula mágica, gente, desculpem. Aliás, desculpem não… TOMEM MUITO CUIDADO quando vocês se depararem com qualquer informação dizendo que isso ou aquilo faz bem, que cura doença, que ajuda a prolongar a vida. Siga o processo de raciocínio lógico, crítico, racional, cético, científico que eu tentei compartilhar aqui com você. Questione quais são as fontes. Nunca engula papinho furado do tipo “comer tal coisa faz bem”. Faz bem por que? Peça explicações sobre quais são as vias metabólicas envolvidas, procure quais são os estudos científicos originais e que críticas a comunidade científica apresenta em cima dessas hipóteses. Veja se não se trata de uma ideia baseada num estudo que a comunidade científica internacional já considera ultrapassada.

A ciência avança, meus amigos. Não é vergonha nenhuma admitir que a gente estava errado, aliás a gente só consegue progredir com humildade e reconhecer os erros do passado. Mas pra isso tem que existir vontade de explorar o futuro. Existe muito ainda a ser descoberto pela ciência e eu sou apaixonado por esses temas e terei grande prazer em compartilhar com vocês futuros vídeos. Pra você ter certeza de receber os próximos materiais, eu faço dois convites: assine aqui o nosso canal natugood no YouTube e principalmente cadastre o seu email indo agora para natugood.com e criando sua conta pra acesso a materiais exclusivos pros membros da comunidade natugood – eu sou Seiiti Arata e o natugood é a nossa iniciativa para uma vida saudável a partir de escolhas inteligentes. Um forte abraço!